Nesta obra, é possível encontrar as variadas interfaces de Antonio Miranda. Seja nos personagens que narra com total imparcialidade, ou nas palavras que, espalhadas entre páginas, histórias e descrições bucólicas, ecoam um discurso pessoal. Logo de início, com a implacável sombra da senhora diretora, lá está ele. Na reunião burocrática do serviço público, divertindo-se por recolher do cotidiano, fábulas para o livro. A ironia do autor com a diretora é perversa, mas também confortadora. Vê na bruxa as inúmeras faces do ser humano. Ele também está no terremoto de Caracas, trepidante. Dentro da biblioteca, bisbilhotando a senhora diretora no banheiro.