Mata Serena já se inicia com uma cena verdadeiramente cinematográfica. Lances de coragem, astúcia e suspense , quando dois "caboclinhos" típicos dos sertões, com a sabedoria adquirida nos ermos do serrado, põem em jogo a própria vida para enfrentar, com inesperado desfecho, uma onça feroz. Em estilo muito peculiar, Carlos Magno de Melo recria a saga de duas famílias do Centro Oeste (mais especificamente de Goiás), cada uma lutando para manter sob seu domínio "um mundão de terras". Retratando o mundo rural de antanho, Carlos Magno conta também um pouco da história do latifúndio nessa região, num período que vai do final do século XIX até a inauguração de Brasília esta porta mágica que, com sua arquitetura de sonho e seu traçado simples e funcional, nos leva do passado ao futuro. Uma história que reúne tudo aquilo que dá ao romance fôlego e conteúdo. É, assim, um livro que vale a pena ser lido. Vale mesmo.