Basta-me fechar os olhos e revejo o céu azul, onde poucas vezes as nuvens se acinzentaram e a chuva refrescante caiu. Revejo o chão, planícies atapetadas pelo cultivo de hortaliças, videiras, cerejeiras, oliveiras, ou a mata nativa de madeira nobre, ou as pedreiras sulcadas, aguçadas pela extração do granito. Ao longe, a linha das serras, azuladas, pontilhadas de aldeias tão brancas que refulgiam ao sol. Se pudesse, eu passaria ao papel, ou ao computador, cada pormenor que a memória me traz.