"A suíte é minha, lambisgoia" é a fascinante e comovente história real de um homem que, aos 54 anos, vítima de um mal congênito raro que já foi tema de filme de sucesso, a osteogênese imperfeita, é surpreendido pela súbita decisão da mulher de separar-se dele. Seria apenas uma história igual a milhões de histórias de crise conjugal que acontecem no mundo inteiro, não fossem os ingredientes que a diferenciam totalmente das demais, daí a ironia de que o romance é baseado “em fatos inacreditáveis”.
Em razão desse mal congênito, o personagem (que desenvolve a narrativa na primeira pessoa, mas não atribui a si um nome, nem aos demais personagens), passa a encarar temores bem fundamentados: sua doença lhe dificulta a locomoção em razão de deformidades ósseas acentuadas e da completa ruptura dos ligamentos do joelho, obrigando-o a utilizar-se de aparelho ortopédico para caminhar e a manter cautelas redobradas diante das possibilidades de acidentes graves no dia a dia. Em meio a todos esses dramas, surge mais uma indagação, entre inúmeras outras: será possível sobreviver sozinho, em casa?